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Como os terreiros escolhem as entidades da casa e organizam giras de Caboclo, Preto-Velho e Exu, da definição das linhas ao papel do dirigente espiritual

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Imagem: Filhos da Umbanda

Entenda como cada terreiro identifica seu guia-chefe, estrutura as linhas de trabalho e agenda as giras, com foco nas entidades da casa e na segurança mediúnica

A organização ritual na Umbanda passa pela definição das entidades da casa, que orientam a doutrina e o atendimento. Cada terreiro lê sua história, sua comunidade e sua corrente mediúnica para fazer essas escolhas.

O reconhecimento do guia-chefe surge da constância nas manifestações, da afinidade com a missão do terreiro e do alinhamento com os fundamentos da casa. A partir dele, as linhas de trabalho ganham forma e rotina.

Este guia aborda a definição de giras de Caboclo, Preto-Velho e Exu, o papel do dirigente espiritual e os critérios usados, conforme reportagem consultada pela redação sobre linhas, entidades e giras.

O que são as entidades da casa e o guia-chefe

Chamam-se entidades da casa os espíritos que se apresentam com regularidade, orientam a doutrina e ancoram a caridade. Não é escolha casual, é resultado de vivência, constância e confirmação dentro da corrente.

O guia-chefe se afirma pela firmeza do trabalho, pelo teor das orientações e pela coerência com os fundamentos. Ele dá o tom das linhas de trabalho e ajuda a organizar calendário e protocolo de atendimento.

Como as linhas e as giras são definidas

Com o guia-chefe reconhecido, o terreiro estrutura linhas como Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Baianos, Marinheiros e Povo da Esquerda. Cada linha tem objetivos, cantos, firmezas e uma gira própria.

As giras são marcadas conforme a necessidade da comunidade e a disponibilidade da corrente. Giras de Caboclo focam cura e força, de Preto-Velho acolhimento e aconselhamento, de Exu encaminhamento e defesa.

O papel do dirigente espiritual

O dirigente espiritual acompanha o desenvolvimento, percebe as afinidades mediúnicas e avalia a segurança do trabalho. Sua função é zelar por disciplina, ética e fidelidade à tradição da casa.

Decisões sobre entidades da casa não se tomam sozinhas, envolvem escuta das entidades, leitura dos sinais em gira e diálogo com a corrente. O dirigente conduz, a casa confirma no tempo e na prática.

Critérios práticos para reconhecer entidades da casa

Importam a história do terreiro, as demandas do entorno e as competências da corrente mediúnica. A confirmação vem pela repetição responsável, pelo assentamento de firmezas e pela consistência das orientações.

Quando uma presença não se harmoniza, prevalecem prudência e proteção. Ajustes no calendário de giras, reforço de fundamentos e orientação do dirigente espiritual preservam a casa e o atendimento.

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